O exercício democrático de escolha
Entre tantas características que tenho – assim
como todos nós –, uma delas é a de ser um intransigente defensor da democracia. Se hoje vivemos um Estado democrático, devemos a muitos quese entregaram por isso. E se essas pessoas, lá atrás, tivessem se omitido em lutar por esse direito, como estaríamos? Não há dúvidas de que a Democracia venceu. Então, agora, é nosso dever defendê-la para que ela permaneça. Afinal, este é o modelo que mais se aproxima da vontade geral.
Nesse sentido, o voto é uma das nossas princi-
pais armas. No momento em que estamos a apenas duas semanas do fim do processo eleitoral, escrevo sobre o tema para alertar sobre a importância de não deixarmos de comparecer às urnas. Votar é fundamental para que possamos continuar consolidando tudo o que nossos antepassados conquistaram – nas ruas, com muita luta; alguns enfrentando exílio; outros que chegaram a perder a vida pela causa. Exercer o seu poder de escolha pode significar muito para uma cidade, uma região, um estado, um país. Ir às urnas lhe confere o direito de exigir com mais propriedade.
E o tema se torna ainda mais relevante quando
lembramos de que, em 2018, o Brasil registrou a
maior abstenção desde 1998. Dos eleitores aptos, 20,3% deixaram de comparecer aos locais de votação. Quase 30 milhões de brasileiros que
transferiram sua decisão. No Maranhão, o
percentual foi ainda maior: 20,54%, ou mais de
930 mil eleitores que não se fizeram presentes
para votar. Decerto que muitos têm motivos
pessoais; mas simplesmente eximir-se, em minha opinião, não deve ser uma opção considerada.
Outra situação que, ao meu ver, agride o princípio democrático é aquela em que o voto é negociado por um benefício eventual. Cada cidadã, cada cidadão, deve ter a consciência de que seu voto pode alterar o destino de todos. A escolha é pessoal, mas o bem é coletivo.
Por isso, fiquemos muito atentos para que estas práticas não aconteçam. O Maranhão tem crescido a olhos vistos e, com ele, o acesso das pessoas às informações necessárias para que cada um decida por si. Hoje, é muito mais simples consultarmos o histórico dos candidatos, a prestação de contas daqueles que já ocuparam cargos públicos e, principalmente, saber quem realmente sabe o que fazer com o cargo pretendido.
A democracia é um valor inegociável, que também se baseia em instituições fortes e um Estado de Direito feito para todas e todos, de igual maneira.
E tudo tem como base a escolha de cada um. Aliás, seu direito de escolha preservado. Que assim se encaminhem nossas eleições no dia 2 de outubro, com uma presença marcante de maranhenses que votem de forma consciente, sabendo de que, nas urnas, estarão decidindo pelo bem do Maranhão.
“Não há dúvidas de que a Democracia venceu. Então, agora, é nosso dever defendê-la para que ela permaneça. Afinal, este é o modelo que mais se aproxima da vontade geral. Nesse sentido, o voto é uma das nossas principais armas”.
Carlos Brandão
Governador do Maranhão
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