Projeto Sertão Vivo fortalecerá a agricultura familiar e resiliência climática no Maranhão

No Palácio do Planalto, em Brasília (DF), o governador Carlos Brandão participou do lançamento do projeto “Sertão Vivo, Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais no Nordeste”, nesta terça-feira (24). O projeto é acompanhado pelo Consórcio Nordeste e a solenidade contou com a presença do presidente Lula, dos nove governadores nordestinos e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

A iniciativa pretende apoiar projetos de todos os estados da região Nordeste que promovam o aumento da resiliência climática da população rural do semiárido do Nordeste, incluindo agricultores familiares, assentados da reforma agrária e comunidades tradicionais (povos indígenas, fundo de pasto, quilombolas etc). Serão beneficiadas 430 mil famílias no semiárido nordestino a partir do investimento de R$ 1,75 bilhão.

Os agricultores familiares beneficiados deverão adotar princípios e práticas que proporcionem acesso à água, aumentem a produtividade e a segurança alimentar das famílias beneficiadas, ampliem a resiliência dos sistemas de produção agrícola, restaurem ecossistemas degradados e promovam a redução das emissões de gases do efeito estufa.

Para o governador Carlos Brandão, o projeto Sertão Vivo é uma iniciativa que reaviva a esperança das famílias e contribui para um grande salto no aumento da qualidade de vida dos maranhenses das regiões da caatinga e semiárido.

“Eu sou um defensor da agricultura familiar. E esta é uma data muito importante, o lançamento do projeto Sertão Vivo, que vai atender a 1 milhão e 800 mil agricultores familiares. É um momento de renascimento da esperança e o Maranhão foi contemplado com R$ 150 milhões, então, vamos dar um salto enorme para que a gente possa melhorar a vida e atividade profissional dessas pessoas”, disse o governador.

A diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello, elogiou o projeto maranhense que acabou por garantir oportunidades aos outros estados nordestinos. Tereza destacou, ainda, que a partir do projeto Sertão Vivo será possível inovar no enfrentamento à pobreza e às mudanças climáticas, e no avanço para produzir melhores alimentos saudáveis no Maranhão e em todo o Nordeste.

“Este é um projeto inovador que parte de tudo aquilo que a gente já acumulou da experiência do sertanejo, da convivência com o semiárido, e vai além. São nove governos de estado, inclusive, o Maranhão fez um projeto excepcional, muito bem organizado e bem feito, por isso, todos acabaram sendo contemplados porque a partir dele conseguimos construir uma agenda coletiva”, ressaltou a economista.

Claus Reiner, diretor e líder do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) no Brasil, afirma que aliado ao Projeto Amazônico de Gestão Sustentável (Pages), o Sertão Vivo irá ajudar a contemplar mais regiões do estado e contribuir no combate às mudanças climáticas.

“Para mim, é um grande prazer saber que o Maranhão faz parte do projeto Sertão Vivo. No estado, nós do Fida já temos o Projeto Amazônico de Gestão Sustentável que está sendo executado pela gestão estadual na Região Amazônica. Agora, o Sertão Vivo irá para a Caatinga e o Semiárido, onde os agricultores estão passando pela insegurança da falta de água e alimentos, e precisam do combate à crise climática”, pontuou Reiner.

O secretário de Estado da Agricultura Familiar (SAF), Bira do Pindaré, comemorou a benfeitoria que virá aos agricultores familiares que mais necessitam. “Eu gostaria de agradecer ao Fida, ao BNDES e ao nosso governador Carlos Brandão, e dizer que essa é uma grande conquista. Essa é uma luta nossa”, agradeceu.

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