Alema homenageará ex-presidente José Sarney com a Medalha Manuel Beckman

Fruto de proposição do deputado Roberto Costa (MDB), a Medalha do Mérito Legislativo “Manuel Beckman”, a mais alta honraria do Poder Legislativo, será entregue em sessão solene na quarta-feira (19), a partir das 10h, no Plenário Nagib Haickel, da Alema.
“José Sarney tem uma história e um legado reconhecidos no mundo todo. É um maranhense dono de uma trajetória vitoriosa, de dedicação ao Maranhão e a seu povo, além de ser autor de dezenas de livros. A Assembleia presta essa homenagem como forma de reconhecer esse trabalho do homem, do político e do escritor José Sarney”, afirmou a presidente do Parlamento Estadual, deputada Iracema Vale (PSB).

Para o deputado Roberto Costa, a concessão da Medalha “Manuel Beckman” será um marco na história da Casa. Também é uma forma de reconhecer em vida o legado de José Sarney para o Maranhão, tanto na política quanto nas letras.
“O ex-presidente José Sarney é um dos maiores estadistas do país e vai receber um justo reconhecimento dessa Casa legislativa, materializado na entrega da Medalha “Manuel Beckman”, afirmou Costa. O parlamentar observou, ainda, que o homenageado é autor da frase “Não há democracia sem Parlamento livre”, que ilustra a parede ao lado da tribuna e, dessa forma, já tem seu nome inscrito no plenário da Assembleia.

EXPOSIÇÃO:

A homenagem será marcada ainda pela exposição “Hoje é Dia de… José Sarney”, realizada em parceria com a Fundação da Memória Republicana, e composta por painéis que retratam capas de obras essenciais do autor, trechos desses títulos e críticas de destaque através dos tempos.

A exposição será instalada no hall de entrada do Plenário Nagib Haickel e destaca parte da produção literária do imortal membro das Academias Brasileira (ABL) e Maranhense de Letras (AML).

José Sarney é autor de 120 obras, entre as quais “Norte das águas (contos, 1969), “Marimbondos de fogo” (poesia, 1978), “Sexta-feira, Folha (1994, crônica), “O dono do mar” (romance, 1995), “Saraminda” (romance, 2000) e “A duquesa vale uma missa (romance, 2007).

Na área política, também ocupou os cargos de deputado federal, governador do Maranhão, vice-presidente da República e senador.

TRAJETÓRIA DE JOSÉ SARNEY:

José Sarney de Araújo Costa é advogado, nascido na cidade de Pinheiro (MA), em 24 de abril de 1930.

Filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Ferreira de Araújo Costa.

É casado com Marly Macieira Sarney, com quem tem três filhos. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Maranhão (1953).
Ingressou na Academia Maranhense de Letras (1953).

Entrou para a vida política em 1954. Oficial judiciário e diretor da Secretaria do Tribunal de Justiça do Maranhão.

Professor da Faculdade de Serviço Social da Universidade Católica do Maranhão (1957).

Elegeu-se suplente de deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em 1956 e 1957.

Presidente da União Democrática Nacional – UDN/MA (1958-1965). Deputado federal pelas Oposições Coligadas, legenda integrada pela UDN, Partido Democrata Cristão – PDC e Partido Republicano – PR (1959-1966). Vice-líder da UDN na Câmara dos Deputados (1959-1960). Vice-presidente nacional da UDN (1961-1963).

Com a extinção dos partidos políticos e a imposição do bipartidarismo pelo AI-2, em 27 de outubro de 1965, ingressou na Arena, partido de sustentação do regime militar. Elegeu-se governador do Maranhão (1966-1970).

Senador pela Aliança Renovadora Nacional – ARENA/MA (1971-1979). Presidente do Instituto de Pesquisas e Assessoria do Congresso – Ipeac (1971-1983).

Tornou-se presidente da Arena em 1979 e, no ano seguinte, com a instalação do pluripartidarismo, do Partido Democrático Social (PDS). Vice-líder da maioria no Senado (1978-1979).

Um dos fundadores do Partido Democrático Social – PDS (1979) e senador por essa legenda (1979-1985). Presidente da Comissão Diretora Nacional Provisória do PDS (1980).

Presidente nacional do PDS (1980-1984).

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS:

Em 1980, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1984, juntamente com outros dissidentes do PDS, passou a integrar a Frente Liberal, que o lançou como vice-presidente da República na chapa de Tancredo Neves, do PMDB, tendo sido eleito pelo Colégio Eleitoral em janeiro de 1985.

Assumiu interinamente a presidência, em 15 de março de 1985, em virtude da doença de Tancredo Neves e, com a morte de Tancredo, em 21 de abril, foi efetivado no cargo.

Após o término de seu mandato presidencial, elegeu-se duas vezes senador pelo estado do Amapá (1991 e 1999). Presidente do Senado no período de 1995 a 1996 e 2003 e 2004.

PRINCIPAIS OBRAS:

•A Canção Inicial (1952, poesia);

•A pesca do curral (ensaio, 1953);

•A canção inicial (poesia, 1954);

•Norte das águas (contos, 1969);

•Marimbondos de fogo (poesia, 1978);

•O parlamento necessário (1982, discursos, 2 volumes);

•Falas de bem-querer (1983, discursos);

•Dez contos escolhidos (1985);

•Brejal dos Guajas e outras histórias (1985);

•A palavra do presidente (1985-1990, discursos, 6 volumes);

•Sexta-feira, Folha (1994, crônica);

•O dono do mar (romance, 1995);

•Mercosul, o perigo está chegando (1997, geopolítica);

•Amapá, a Terra onde o Brasil começa (1998, história);

•A onda liberal na hora da verdade (1999, crônica);

•Saraminda (romance, 2000);

•Saudades mortas (poesia, 2002);

•Canto de página (2002, crônica);

•Crônicas do Brasil contemporâneo (2004, 2 volumes);

•Tempo de pacotilha (2004);

•20 anos de democracia (2005, discursos, 2 volumes);

•20 anos do Plano Cruzado (2006 discursos);

•Semana sim, outra também (2006, crônica);

•A duquesa vale uma missa (romance, 2007);

•Maranhão – sonhos e realidades (romance, 2010);

•Galope à beira-mar: Casos e acasos da política e outras histórias (memórias, 2018).

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