Domingo de Ramos e de Esperança
Vivemos momentos difíceis em nosso estado. Mais uma vez, pudemos constatar de perto os estragos causados pelas fortes chuvas em várias cidades. Uma situação que já deixou milhares de desabrigados. Como já afirmei, estamos agindo prontamente para minimizar as perdas e, principalmente, a dor daqueles atingidos. Mas não há como negar o quanto isso é doloroso para um governante.
Por outro lado, a esperança que vimos, em cada rosto, nos dá a certeza de que sairemos mais fortalecidos e mais convictos da missão que abraçamos.
Iniciando a Semana Santa, neste Domingo de Ramos, renovamos a nossa fé acreditando nos preceitos cristãos ensinados pelo homem que, há mais de dois mil anos, entrava de forma triunfal em Jerusalém, apesar de toda a sua humildade, montado em um pequeno jumento.
Essa força sempre nos moveu. E quero dividi-la com todos que acreditam que a tempestade passará. Hebreus 11,1 nos dá a definição clássica de fé: “Ora, fé é confiança no que esperamos e segurança no que não vemos”. Sou cristão e creio que construir uma fé que move montanhas passa pela esperança. Não de esperar, mas de perseverar, de acreditar. E conjugado a isso, trabalhamos muito.
No artigo de hoje, deixamos uma mensagem positiva de que Deus abre portas que ninguém consegue fechar. Sua Palavra nos enche de vontade de vencer momentos ruins, porque Aquele que prometeu é capaz de cumprir.
A doação do próprio Jesus não pode ser esquecida e nem incompreendida. Para nossa época, esse dia é uma grande oportunidade para refletirmos sobre como tratamos o próximo. E a Campanha da Fraternidade deste ano trata bem disso quando propõe o tema “Fraternidade e Fome”. E como diz a mensagem do papa Francisco em relação à Campanha, além de ações concretas, que ela “gere em todos a consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede em sua bondade não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas ações pontuais, mas deve ser uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome”.
Nossos dias têm sido povoados pela certeza de que em breve todos nós voltaremos à normalidade. No entanto, voltemos os nossos olhares e ações aos que, nesse momento, precisam para além das palavras.
Nessa Semana Santa, não nos esqueçamos daqueles que enfrentam as dificuldades que se apresentam. Renovemos nossa fé e nosso compromisso de vivermos de acordo com os ensinamentos de Cristo.
Carlos Brandão
Governador do Maranhão
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