Campanha da Fraternidade: uma reflexão necessária
O Carnaval chegou ao fim com um saldo extremamente positivo. Com a graça de Deus e a organização proporcionada por um bom planejamento de nossas equipes, não tivemos ocorrências graves e todos puderam celebrar, com muita segurança, a volta da maior festa popular do planeta. A todas e todos os envolvidos: nosso agradecimento pela colaboração.
Aos foliões que entenderam o espírito da festa e simplesmente brincaram com harmonia e extravasando alegria, fica a certeza de que encontramos um formato consolidado, que certamente se repetirá nos próximos anos; sempre em evolução, para satisfação de todos. E o registro especial fica para a movimentação que nossa economia ganhou. O melhor é que o aumento da geração de renda não se restringe apenas aos setores tradicionais da hotelaria, do transporte e de bares e restaurantes. Nossa festa gerou empregos e oportunidades para outros pequenos negócios. Vendedores ambulantes, beneficiários do Mais Renda, produtores de fantasias e operadores de eventos – muita gente garantiu um dinheiro extra nesse período.
Agora viramos a chave e abraçamos as discussões propostas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com a Campanha da Fraternidade deste ano: Fraternidade e Fome. Fraternidade que entendo como sendo nossa capacidade de nos solidarizarmos. A fome, como elemento crucial a ser combatido, em uma sociedade que precisa avançar em suas conquistas sociais pelo desenvolvimento. A Campanha da Fraternidade deste ano chama a atenção para a necessidade de se criar uma cultura de solidariedade e partilha para enfrentar essa grave questão social. Combater a fome é um desafio global que o Maranhão leva muito a sério. Por isso, esta será uma das prioridades de nosso governo para os próximos 4 anos; um dos pilares de nossas ações. Garantir segurança alimentar e nutricional passa por desenhar estratégias, como: continuar priorizando a educação; investir em programas de distribuição de alimentos; estimular a produção agrícola e a regularização fundiária; gerar emprego e renda. A experiência com os Restaurantes Populares, que já são 170 e servem cerca de 168 mil refeições por dia, está sendo muito bem sucedida. Tanto que a ampliaremos, fazendo com que chegue a todos os municípios maranhenses. Mas precisamos fazer ainda mais.
O aumento da competitividade de nossa economia é o combustível para que possamos instaurar ciclos virtuosos que garantam o bem-estar de todos e a inclusão social. Então, quando investimos na boa organização de uma festa como o Carnaval, estamos pensando prioritariamente nas oportunidades que ela pode gerar.
Na reflexão que a Igreja nos propõe, fraternidade é um valor que deve orientar todas as ações voltadas para o combate à fome e à pobreza. Para além do que fazemos no papel de governo, precisamos colocá-la em prática no dia a dia; assim como por meio do fortalecimento da participação popular nas políticas públicas de combate à fome. Como bem disse o Papa Francisco, sobre a Campanha: “É meu grande desejo que a reflexão sobre o tema da fome, proposta aos católicos brasileiros durante o tempo quaresmal que se aproxima, leve não somente a ações concretas – sem dúvida, necessárias – que venham de modo emergencial em auxílio aos irmãos mais necessitados, mas também gere em todos a consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede em sua bondade não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas ações pontuais, mas deve ser uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome”.
É importante que as pessoas se envolvam e pratiquem, bem perto de si, solidariedade. Somente através da prática da fraternidade é possível construir um país mais justo e solidário para todos.
“Combater a fome é um desafio global que o Maranhão leva muito a sério. Por isso, esta será uma das prioridades de nosso governo para os próximos 4 anos; um dos pilares de nossas ações.”
Carlos Brandão
Governador do Maranhão
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